quarta-feira, 14 de outubro de 2009

LE PETIT PRINCE (nossa primeira leitura!)


Quantas verdades nos são ditas pelo pequeno menino solitário?
Quanta pureza há nas suas palavras e nos seus gestos!
Quanta coragem, paciência, sapiência...
E o principal, a arte de ver o lado simples das coisas, apenas o necessário para se viver, aprender, e tocar a vida!
Não foi a toa que nós escolhemos O PEQUENO PRÍNCIPE de Saint Exupery, para iniciar nosso ciclo de leitura, para absorvemos desde o início as mensagens, as metáforas e seguirmos firmes os nossos própósitos com muita humildade e paciência!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Sobre o Manacá



O manacá tem história. Li com muito interesse uma biografia de Tarsila do Amaral e soube que ela apreciava muito esta planta, a ponto de utilizar as cores de suas flores em telas como Manacá, O Lago e Floresta. A flor do manacá tem o seguinte ciclo: nasce roxo escuro, desbota adquirindo um tom rosado e termina com o branco puro. Possui perfume forte, mas agradável, que nos remete aos campos mais bucólicos.



Nome Científico: Tibouchina mutabilis
Nome Popular: Manacá-da-serra, Manacá-da-serra-anão, Cuipeúna, Jacatirão
Família: Melastomataceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene

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O manacá-da-serra é uma árvore semi-decídua nativa da mata atlântica, que se popularizou rapidamente no paisagismo devido ao seu florescimento espetacular. Seu porte é baixo a médio, atingindo de 6 a 12 m de altura e cerca de 25 cm de diâmetro de tronco. As folhas são lanceoladas, pilosas, verde-escuras e com nervuras longitudinais paralelas. As flores apresentam-se solitárias e são grandes, vistosas e duráveis. Elas desabrocham com a cor branca e gradativamente vão tornando-se violáceas, passando pelo rosa. Esta particularidade faz com que na mesma planta sejam observadas flores de três cores. A floração ocorre no verão e a frutificação no outono.

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O manacá-da-serra é uma excelente opção para o paisagismo urbano, pois não apresenta raízes agressivas, permitindo seu plantio em diversos espaços, desde isolado em calçadas, até em pequenos bosques em grandes parques públicos. Seu crescimento é rápido e além da árvore, encontra-se disponível no mercado uma variedade anã, o manacá-da-serra-anão. Esta variedade, conhecida como 'Nana', alcança de 2 a 3 m de altura e é mais precoce, iniciando a floração com menos de meio metro. Com seu porte arbustivo, ela é apropriada para o uso isolado ou em grupos e renques. Sua floração ocorre no inverno, ao contrário da forma arbórea típica. Também pode ser conduzida em vasos.

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O manacá deve ser cultivado sob sol pleno, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado periodicamente por pelo menos um ano após o plantio no local definitivo. Planta característica de clima tropical úmido, é tolerante ao clima ameno das regiões subtropicais. Multiplica-se por sementes, estacas e alporques. A variedade 'Nana' (manacá-da-serra-anão) só pode ser multiplicada por estaquia e alporquia, pois os descendentes oriundos de sementes, podem não apresentar as características típicas desta variedade e atingir o porte arbóreo.

Trecho de Rubem Alves


“Mas, passados uns poucos dias, a tristeza bateu. A beleza dos bosques e jardins era a mesma mas não me dava alegria. Comecei a ter saudades do meu jardim, jardinzinho que podia ser atravessado com duas dúzias de passos. Os jardins do palácio eram lindos, lindíssimos, muito mais lindos do que o meu. Mas não eram o MEU jardim. Eu não os amava. O jardim que eu amava era aquele onde estavam as plantas que eu havia plantado.” (Rubem Alves)

Nasce a "FLOR DO MANACÁ"





Em julho de 2006 nasce o projeto cultural que levaria música, arte, literatura e muita cultura à comunidade do rural do Córrego dos Barros, na pequena cidade mineira de Paula Cândido.

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Sediada na chácara São João, a Associação Cultural Flor do Manacá é um sonho antigo da escritora e artista plástica Jacqueline Salgado, que promoveu grupos literários e culturais pelas cidades por onde passou.

Sonho antigo também do seu pai José Maria Sant'Anna Salgado, maestro aposentado pela extinta Funabem de Viçosa, acostumado a comandar bandas marciais, populares e fanfarras com os alunos daquela instituição, que emocionavam o público por sua exímia exibição e disciplina por onde passavam.



É mais uma prova de que um país se faz com homens, livros e boas idéias!

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VIVA A CULTURA!